
A Microsoft anunciou que o Hotpatching, uma nova funcionalidade do Windows Server 2025 que permite a aplicação de correções sem necessidade de reinicialização, passará a ser um recurso pago a partir de julho. O custo inicial será de US$ 1,50 por núcleo ao mês. No entanto, usuários que utilizam o serviço na nuvem Azure não precisarão pagar pela funcionalidade.
O Hotpatching já é uma técnica amplamente utilizada em sistemas como o kernel do Linux, produtos da VMware e o hipervisor Xen. Para administradores de sistemas, a possibilidade de aplicar atualizações sem provocar interrupções é extremamente valiosa. Trata-se, na prática, de uma evolução lógica no processo de atualização de sistemas. Embora reconheça essa importância, a Microsoft decidiu adotar um modelo de cobrança.
Disponível anteriormente no Azure
O Hotpatching já estava disponível para o Windows Server: Azure Edition e para o Windows Server 2022 em execução na nuvem Azure. Em agosto de 2024, a Microsoft lançou uma prévia da funcionalidade para o Windows Server 2025 na plataforma Azure. Um mês depois, uma nova prévia foi disponibilizada para implantações do Windows Server 2025 gerenciadas por meio do Arc, o sistema de gestão híbrida e multicloud da empresa.
Com essa última prévia, o Hotpatching passou a ser acessível também nas edições Standard e Datacenter do Windows Server 2025, permitindo seu uso em ambientes locais pela primeira vez. A própria Microsoft classificou a funcionalidade como uma “mudança de paradigma”.
O recurso é apontado como uma das principais inovações do Windows Server 2025 em comparação às versões anteriores. Desde os primeiros anúncios, a empresa vinha destacando o Hotpatching como um dos grandes avanços desta nova geração de servidores.
Modelo de assinatura e ciclo de atualizações
A previsão é que sejam lançados oito hot patches por ano. Apesar do objetivo de minimizar reinicializações, a Microsoft admite que, em alguns casos, será necessário reiniciar o sistema por motivos de segurança. A partir de 1º de julho, os usuários da prévia do Hotpatching serão automaticamente migrados para a versão paga, a menos que informem sua desistência até o dia 30 de junho.
Essa mudança tem gerado críticas, uma vez que lembra práticas anteriores da Microsoft, como a cobrança pelo acesso a logs detalhados — algo que já havia sido apontado como um problema por especialistas em segurança. Para alguns críticos, ao colocar um recurso tão essencial atrás de um paywall, a Microsoft estaria elevando o custo da segurança sem necessariamente melhorar o nível geral de proteção para todos os usuários.
Embora o Hotpatching tenha sido apresentado como uma inovação crucial para o Windows Server 2025, a decisão de cobrá-lo separadamente gera preocupações de que o nível médio de segurança dos servidores possa ficar aquém do ideal para quem optar por não pagar pelo serviço adicional.